Thursday, May 31, 2007

Necris Dust - 2 de Junho

Dia 2 de Junho, ou seja, este próximo sábado, no bar "Sala de Ensaios" (antigo Pinchos bar), perto da discoteca Cervannis, vão actuar os Necris Dust pelas 22horas. A entrada são 2.50, a banda é simpática, o som é very very good e é uma noite bem passada garantida. Aproveitem, apareçam, levem os amigos e divirtam-se! Comprem a maquete, vale a pena.


A banda surgiu em 2005 e pratica um som melancólico e sombrio, conciliador do macabro e do belo. A aspereza da voz masculina e a doçura da feminina complementam-se e formam uma união consistente e harmoniosa. O som, envolvente e intenso convida à libertação corporal e à expressão emotiva.

Não fiquem indiferentes.




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Monday, May 28, 2007

Ashram - 03.06.2006

Está quase a fazer um ano que estes grandes Senhores nos visitaram pela última vez e já começo a sentir fortes sintomas de ressaca. Quando um grupo é desta forma talentoso e vibrante e especialmente quando já se teve contacto ao vivo com o conjunto, os cd's não tardam a tornarem-se insuficientes.


Passado dia três de Junho de 2006, Famalicão recebeu num dos seus palcos estes belos napolitanos, músicos de corpo e alma que se desfizeram nas delícias de todos os presentes, não muitos, mas suficientes.

Pisei o chão da Casa das Artes com a certeza de que me ia emocionar e de que ia ser dos momentos mais intensos da minha vida. São músicos maravilhosos, o trio perfeito, cada um deles indispensável à beleza e magia curativa de Ashram.

A melancolia, a nostalgia e o romantismo encheu a sala após as primeiras notas e permaneceu serpenteante até ao fim do espectáculo. A música deles é uma manta que nos embrulha a alma, aconchegante, e nos aquece apesar do frio que sentimos. Mas Ashram não é só apaziguamento de memórias doloridas, feridas por cicatrizar, é uma satisfação crescente que brota dos ossos e arrepia na pele.

Bem dispostos, cheios de vontade de comunicar com o público, foram conversando com a audiência em italiano, desculpando-se por não falarem fluentemente inglês, rindo por não perceberem tudo o que dizíamos nem nós o que eles diziam. Foi assim, num ambiente íntimo e descontraído que apresentaram o seu novo álbum "Shinning Silver Skies" editado pela portuguesa Equilibrium Music, mais um trabalho mágico, repleto de passagens secretas para outras dimensões.

Com Sergio Panarella na voz e na guitarra, Luigi Rubino no piano e Alfredo Notarloberti no violino criaram-se cenários de fantasia em que o som, uma sinfonia estelar de força, rasgava o céu escuro numa explosão de cores e luz vertiginosa. Pudemos ainda ouvir um improviso maravilhoso do Alfredo inspirada numa peça espanhola do séc. XVI e o Luigi, a solo, a tocar uma música escrita e inspirada em Lisboa. A expressividade dos três enquanto tocam é hipnótica, e eles, não parecem sinceramente deste mundo.

Todos nós saímos daquele auditório, naquela noite, mais completos, plenos, num estado de inquietude sossegada, uma amálgama viva de sensações divinas. Como é bom o trabalho de quem é apaixonado pelo que cria.










"Dotados de uma sensibilidade musical singular, os Ashram conseguiram conquistar um grupo de fãs discretos mas fiéis à volta da sua música delicada e de variadas performances memoráveis em concerto aquando das suas duas anteriores passagens por Portugal em 2002 e 2004.

O estilo neo-clássico que serve como alicerce na música de Ashram é habitualmente construído a partir das disposições temperamentais do pianista Luigi Rubino, que marca os seus temas com um maneirismo cinematográfico próximo do film-noir, em conjunto com a jovialidade dos arranjos de Edo Notarloberti, um violinista famoso pelas suas prévias colaborações com outros projectos napolitanos e cujas frases musicais conferem, de uma forma brilhante, o carácter comovente que distingue este projecto. Sergio Panarella, o talentoso vocalista do grupo, possuidor de uma extraordinária voz, adiciona os tons mais claros às criações de Ashram, contribuindo também com algumas baladas Folk baseadas em guitarra acústica.

Quatro anos após a sua estreia homónima, o ensemble italiano completa finalmente o seu segundo álbum, "Shinning Silver Skies", um trabalho que se desdobra num exercício de êxtase musical, embebido numa nostalgia doce que oscila entre memórias de perdas profundas e paixões arrebatadoras."

Emocionei-me bastante na altura, continuo a emocionar-me agora, e acho que não há música que me massaje melhor a alma do que a de Ashram. Esta música em especial foi das que mais me marcou numa fase inicial e é uma das que ainda me enche as medidas. Para além disso tem o talento dos três músicos presente e a letra é uma delícia.





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Sunday, May 27, 2007

Festival LSM (Coldfear + The Ransack)

Ontem estive em Braga, no festival Liceu Sá de Miranda. Cheguei já seriam 22.15 ou algo do género, já tinham tocado os Sukk e os Endamage e estavam prestes a entrar em palco os Hunted Scriptum. Muita malta jovem, (jovem mesmo) provavelmente alunos da escola, sei lá, muita gente mocada e alcoolizada também, um frio de rachar pedra (que se dispensava) mas também muito boa disposição (pelo menos da minha parte). Revi caras larocas das quais já começava a ter saudades. Recebi e dei abraços e beijos. Respirei fundo muitas vezes e curti a noite. Gostei, apesar de todas as chatices da má organização (que é mais frequente do que se gostaria) e pronto, nem me posso queixar muito, porque as casas de banho até eram decentes. (isso é sempre importante) Não posso dizer que tenha prestado muita atenção a Hunted Scriptum, porque me estava sinceramente a lixar, o motivo da minha visita foi, desde o inicio Coldfear e The Ransack. E que bem que eles se portaram!
Os Coldfear estão nitidamente mais à vontade com o público, o som está muito mais livre, a performance muito mais entrosada e o Zé esmerou-se, puxou bem das cordas vocais, parece-me também que está mais à vontade com o que sabe ou não fazer. Nós, público, aprovamos, sem sombra de dúvida.
Quanto aos The Ransack, é notável a dedicação à banda, o cuidado em preparar as performances, em comunicar com o público, etc. Agora com um albúm cá fora, (muito bom por sinal) não me parece que haja como os parar ;) Propositado ou não, o efeito das sombras na parede de pedra por detrás do palco quando desligaram as luzes dava uma ambience muito trve :P Sempre muito enérgicos, encheram o público de adrenalina e aquela malta nova que estava lá à frente, colada ao palco, muita confusão criou. (eu não queria ser apanhada no meio daquele vendaval de hormonas :x) Estou à espera do video agora gente! Não comprei ontem o CD mas ainda vou comprar, e vou aproveitar e comprar uma camisola de manga comprida também, porque só de t-shirt, não dá.
Um episódiozito de porrada (que eu já tinha previsto antes do concerto) foi controlado sem muitas dificuldades (provavelmente o jovem do olho roxo discordará de mim :P) a escola não sofreu danos materiais (pelo menos que eu saiba) e... chatices com o som à parte, não foi uma noite mal passada.
Uma música para vos deixar com um cheirinho do que se passou ontem em Braga.




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Tuesday, May 15, 2007

Finding Neverland, maravilhoso.

Com o perfume fresco da Terra do Nunca ainda a fazer-me cócegas na pele, parto em busca do Mundo lá fora, aquele que não espera por nós e onde a beleza se esconde nas pequenas coisas, visiveis apenas aos que a procuram e sabem onde e como procurar.
O belíssimo reencontro de uma criança consigo mesma pela mão do verdadeiro Peter Pan, Sir James Mathew Barrie, tio Jim, aquele que de carne e osso se elevava no ar sem nunca tirar os pés do chão.
Peter, Jack, George e Michael são os verdadeiros meninos perdidos e Sylvia a força instigadora da Terra do Nunca. Por entre diálogos e imagens que não desapontam, muito pelo contrário, extasiam, cumpre-se a promessa feita, a viagem ao âmago da Terra do Nunca.
A imaginação nunca antes foi tão real e pálpavel. Nunca tomou contornos tão comoventes. Esta é a mais maravilhosa história de entrega, de compromisso e de amor.

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Friday, May 11, 2007

"E lembro-me de ti como uma faca,
uma faca profunda, a lâmina infinita
de uma faca espetada infinitamente
em mim.
Contigo, perdi tudo o que fui para
não ser mais nada.
Deixei-me ficar nos sonhos que
tivémos.
Abandonei-me."

José Luis Peixoto

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