Monday, January 28, 2008

Expressionismo Cinematográfico Alemão

"Nós não vivemos mais, somos vividos. Não temos mais liberdade, não sabemos mais nos decidir, o homem é privado da alma, a natureza é privada do homem...Nunca houve época mais perturbada pelo desespero, pelo horror da morte. Nunca silêncio mais sepulcral reinou sobre o mundo. Nunca o homem foi menor. Nunca esteve mais irrequieto. Nunca a alegria esteve mais ausente, e a liberdade mais morta.
E eis que grita o desespero: o homem pede gritando a sua alma, um único grito de angústia se eleva do nosso tempo. A arte também grita nas trevas, pede socorro, invoca o espírito: é o expressionismo."

(Hermann Bahr - 1916)



(expressão do desespero interior.)

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Sunday, January 27, 2008

E apetecia-me, profundamente, caminhar pelas ruas, sobre as pedras no chão, andar andar andar, colocar repetidamente um pé frente ao outro, e continuar, por ruas estreitas, por ruas vazias ou cheias, contornando o lixo, rodopiando entre as pessoas. E escrevo de olhos fechados, só com os dedos sobre o teclado, enquanto imagino e saboreio a fantasia em que me envolvo. O cansaço. O cansaço agarra-me pelas pestanas e força-me a fechar os olhos e a divagar sobre coisas e sítios e momentos que não conheço e tenho vontade de conhecer. Esticar as costas, levantar os braços, bocejar. Sentir o cansaço a despertar, a despertar-me, pelo menos durante mais uns minutos até me adormecer outra vez. O formigueiro. O formigueiro das ideias no corpo. A pedirem mais e mais e mais. A dizerem-me que ainda não é suficiente por hoje, que ainda precisam de mais. Que ainda não me posso deitar e fechar os olhos e não me mexer. A tentação de ficar, de me deixar nas ruas, a caminhar sobre as pedras no chão, a rodopiar por entre os corpos das outras pessoas em direcção a lado nenhum, só a caminhar e a ver, a olhar, a cheirar, a sentir. Pensar no que os outros pensam, adivinhar o que os outros olham, tocar no que todos tocamos. O chão. E sentar-me. E receber os raios de luz quentes do Sol através das nuvens, pelo ar. E observar as pombas a bicarem o chão, a equilibrarem-se nas patas frágeis, a dançar enquanto andam. Que divertidas são. Que necessidade. Que necessidade a de caminhar. A de ver e imaginar. De supôr. De descansar. Deixar as costas vergar sobre o seu peso. Quebrar. Que vontade. Que vontade de absorver, de entranhar, de ficar, a caminhar, pelas ruas, sobre as pedras, rodopiando entre os corpos das pessoas em redor. De me perder no anonimato da identidade de outros. Perder-me. Perder-me. Perder-me. A prisão da responsabilidade, prisão voluntária mas obrigatória. Tem de ser. E até que sabe bem.

Buster Keaton

Há que amar este senhor:




Frederico Garcia Lorca sobre Buster Keaton:

"Os seus olhos infinitamente tristes... são como o fundo de um copo, como os de uma criança louca. Muito feios. Muito belos. Olhos de avestruz. Olhos humanos com a dose certa de melancolia."


Quando vi o primeiro filme com este senhor pensei: mas que expressão tão enigmática.

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Wednesday, January 23, 2008

heath ledger.






Absolutamente triste com a morte do senhor.

Saturday, January 19, 2008

Kate Nash

Não resisti a dar cá um pulinho para postar este vídeo tão xucu mucu.


Sunday, January 06, 2008

Até dia... 3 de Fevereiro!

Sem saber as datas esperam-me nas próximas três semanas:

- teste de história da fotografia
- teste de história do cinema e da televisão
- teste de tecnologia dos media
- teste teórico de fotografia
- teste teórico de iluminação
- apresentação trabalho de história da fotografia
- apresentação trabalho de história do cinema e da televisão
- apresentação do trabalho de informática
- apresentação dos trabalhos de fotografia (slides e filme)
- trabalho prático de iluminação
- relatórios de tecnologia dos media (laboratório de física)


(mais as aulas de condução.)


lol tenho medo.

mas... eu tenho um grupo de apoio! lol




"amigas fóreber!" LOL :D

Friday, January 04, 2008

Alpha Dog






Não acabei ainda de ver mas já estou agradavelmente surpreendida pela interpretação de Justin Timberlake, Frankie e absorvida na interpretação de Ben Foster, Mazursky.





Falta de tempo is a bitch. :D




Dr. Erich Salomon

"Um Domingo, estava eu sentado na esplanada de um restaurante nas margens da Spree, quando rebentou uma violenta tempestade. Alguns minutos mais tarde chegou um vendedor de jornais que me contou que o ciclone tinha arrancado árvores e que uma mulher tinha morrido. Tomei então um táxi e alertei um fotógrafo. Seguidamente propus estes documentos exclusivos à casa Ullstein. Deram-me 100 marcos por eles. Dei 90 marcos ao fotógrafo e disse para comigo que mais valia ter sido eu mesmo a fazer as fotografias. No dia seguinte comprei uma máquina."

"A actividade de um fotógrafo de imprensa que quer ser mais do que um artesão é uma luta continua pela sua imagem. Tal como o caçador está obcecado pela sua paixão de caçar, também o fotógrafo está obcecado pela fotografia única que quer obter. É uma batalha contínua. É preciso lutar contra os preconceitos que existem por causa dos fotógrafos que continuam a trabalhar com flashes; lutar contra a Administração, os empregados, a polícia, os guardas; contra a má luz e as grandes dificuldades em fazer fotografias de pessoas que estão em movimento. É preciso apanhá-las no momento preciso em que elas estão imóveis. Depois, é preciso lutar contra o tempo, pois cada jornal tem um deadline ao qual é preciso antecipar-se. Antes de tudo o mais, um repórter fotográfico deve ter uma paciência infinita, e não se enervar nunca; deve estar ao corrente dos acontecimentos e estar a tempo e horas onde é que irão desenrolar-se. Se necessário, devemos servir-nos de toda a espécie de astúcias, mesmo se elas nem sempre são bem sucedidas."

"Quando, no Verão de 1929, cheguei à primeira Conferencia de Haia, soube que os ministros Henderson, Stresemann, Briand, Wirth e o ministro belga dos Negócios Estrangeiros Hymans costumavam encontrar-se, às quatro horas de cada tarde, na varanda do Grande Hotel Scheveningen. Como não consegui obter permissão para fotografar no interior da varanda, restava-me fotografar esses encontros a partir do exterior. A varanda encontrava-se a dezasseis metros de altura, por cima de uma garagem, em frente da qual apenas havia a praia e o mar. Não havia uma casa em frente. Decidi-me a alugar uma escada de incêndio sobre rodas, de dezanove metros, e pedi emprestado aos homens que a acompanhavam uma camisa branca, um balde e um pincel, no intuito de fazer crer à Polícia holandesa que ia repintar um anúncio publicitário. A minha intenção era fazer-me içar com a ajuda dessa escada e fazer, a uma distância de doze metros e o mais rapidamente possível, uma fotografia dos diplomatas no cimo dessa histórica varanda. Para grande decepção minha, o chefe da equipa declarou-me que iria ser preciso, em primeiro lugar, fazer subir a escada e fixá-la com cordas antes que eu pudesse subi-la. Finalmente, quando ela já estava no lugar, a sua inclinação era tão abrupta que eu teria caído caso tivesse que utilizar ambas as mãos para fazer a fotografia. Tive portanto de mandar inclinar a escada, mas isso parecia tão perigoso que o próprio Henderson reparou, através da janela. No preciso momento em que começava a subir, apareceu o responsável inglês para a imprensa, acompanhado de um agente secreto, que de modo categórico me ordenaram a retirada imediata da escada. No que eu fui forçado a consentir para evitar um escândalo. Nada mais me restava fazer que fotografar a escada."

Thursday, January 03, 2008

"FIESTA MOTHERFUCKERS!"
in Alpha Dog.